[Teatro]Premiado solo mineiro O Sonho de um Homem Ridículo, da Cia Lúdica dos Atores, faz estreia paulista no Espaço Parlapatões

 Premiado solo mineiro O Sonho de um Homem Ridículo, da Cia Lúdica dos Atores, faz estreia paulista no Espaço Parlapatões


Com direção de Alexandre Kavanji e atuação de Leo Horta, o espetáculo explora similaridades entre São Petersburgo e Minas Gerais
 

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Crédito: Camila Campos



O Sonho de um Homem Ridículo recebeu 14 indicações a prêmios em seis festivais pelo Brasil, com destaque para as conquistas de Melhor Ator, Melhor Espetáculo de Palco, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Cenário
 

Para celebrar os 20 anos da mineira Cia Lúdica dos Atores, o premiado solo O Sonho de um Homem Ridículo estreia na capital paulista, no Espaço Parlapatões. A temporada vai de 4 a 21 de julho, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 19h.

Dirigido por Alexandre Kavanji, o espetáculo adapta para o teatro o clássico conto homônimo do escritor russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881). O grupo teve a preocupação de manter o texto o mais fiel possível à obra original, transportando o público para um mundo de reflexões profundas sobre vida, morte e redenção.

Na trama, o ator Leo Horta, formado pela academia russa de teatro (The International Seminar “The Stanislavsky System Today”/Moscou, 2011 e Konstantin Stanislavsky and Mikhail Chekhov Today - practical training for actors and directors/Letônia, 2013), interpreta um personagem decidido a acabar com a própria vida, pois está mergulhado em reflexões sobre suas contínuas frustrações e a falta de significado e propósito no mundo que o rodeia.

O homem adormece em uma poltrona diante de um revólver carregado e tem um sonho fantástico com um mundo perfeito. Desta forma, o conto explora a introspecção do personagem e sua jornada rumo à compreensão de si mesmo e do universo ao seu redor.


“Senti de repente que para mim dava no mesmo que existisse um mundo ou que nada houvesse em lugar nenhum. Passei a perceber e a sentir com todo o meu ser que diante de mim não havia nada. No começo me parecia sempre que, em compensação, tinha havido muita coisa antes, mas depois intuí que antes também não tinha havido nada, apenas parecia haver, não sei por quê. Pouco a pouco me convenci de que também não vai haver nada jamais. Então de repente parei de me zangar com as pessoas e passei a quase nem notá-las. Para mim tudo ficou indiferente, e as questões todas se afastaram”.

(Trecho de O Sonho de um Homem Ridículo, de Fiódor Dostoiévski)


Sobre a encenação

“Para a adaptação teatral, nos interessa sobretudo esta narrativa fantástica, a intensidade da interpretação dramática, a inventividade da linguagem cênica, assim como uma reflexão crítica aliada à beleza que a obra de Dostoiévski nos proporciona”, conta Kavanji.

 

Para esta montagem, foi fundamental o aprofundamento do ator na busca de vestígios deste homem, o Homem Ridículo, este personagem em movimento no espaço, sua linguagem corporal, a partir da pesquisa em referências das artes plásticas, literatura, cinema, proporcionando explosões imagéticas combinadas com cenário, figurino e iluminação.

 

Nas pesquisas para a criação do espetáculo, o grupo também recorreu a duas referências extras. Uma é o texto O Louco, ou O Homem que Matou Deus, de Friedrich Nietzsche, e a outra é uma reflexão sobre o mito de Sísifo feita por Albert Camus.

Esta montagem de O Sonho de um Homem Ridículo estreou em 2023, em Minas Gerais, e recebeu 14 indicações a prêmios em seis festivais pelo Brasil, com destaque para as conquistas de Melhor Ator, Melhor Espetáculo de Palco, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Cenário no renomado 7º FESTA - Festival Internacional de Palco e Rua de Araçuaí, consolidando-se como uma referência em excelência artística.

No dia 4 de julho, após o espetáculo, acontece um bate-papo entre o dramaturgo Luís Alberto de Abreu - conhecido pelos espetáculos Bella Ciao, Foi Bom, Meu Bem? e Cala Boca Já Morreu - e o jornalista de teatro Valmir Santos, que se debruça sobre a vida e a obra de Dostoiévski.

Sobre o diretor Alexandre Kavanji

Diretor e produtor, iniciou sua trajetória participando do Movimento de Teatros de Grupo e da Cooperativa Paulista de Teatro em 1979. Estudou interpretação com o Raúl Serrano (Argentina), ator, diretor, autor e professor na Universidade de Buenos Aires, na Escola de Teatro de Buenos Aires, na Escola Nacional de Artes e atuante em instituições de ensino de todo o país, na América Latina e na Europa, com Paulo Yutaka (Brasil), ator, um dos fundadores do Grupo de Arte Ponkã, com Luiz Roberto Galizia (Brasil), criador do Teatro do Ornitorrinco e com Francesco Zigrino (Itália), diretor italiano especializado em Commedia Dell’arte. Teve aulas de práticas corporais na Escola Ivaldo Bertazzo, dramaturgia com Aristides Vargas (Equador), diretor, dramaturgo e ator argentino, radicado no Equador e fundador do grupo Malayerba em 1978) e crítica teatral com Vivian Tabares (Cuba), crítica, pesquisadora, editora e professora cubana, cuja obra tem sido compilada em antologias importantes, e que tem colaborado para publicações especializadas nas Américas e na Europa.

As principais direções de Alexandre Kavanji foram as peças “Relampião”, de Solange Dias (2012); “Os Azeredos mais os Benevides“ (2014), de Oduvaldo Viana Filho; “A Razão Blindada”, de Aristides Vargas (2016), “Rio João”, espetáculo sobre a vida de João das Neves (2022), e agora, “O Sonho de Um Homem Ridículo”, de Fiódor Dostoiévski (2023).

Kavanji também é diretor da Cia Paulicea, que atua na cidade de São Paulo desde 1997 e desenvolve pesquisa sobre cultura popular e teatro latino-americano. Participou de importantes festivais no Brasil, na América Latina e no Caribe. Realizou importantes cursos e intercâmbios com Grupo Yuyachkani (Peru, 2015), com Grupo Candelária (Bogotá/Colômbia, 2016) e com Grupo Malayerba (Quito/Equador, 2016).

SINOPSE

No premiado espetáculo “O Sonho de Um Homem Ridículo”, de Fiódor Dostoiévski, o personagem mergulhado em reflexões sobre as contínuas frustrações em sua vida, bem como a falta de significado e propósito no mundo que o rodeia, adormece na poltrona diante do revólver carregado, após decidir acabar com sua própria vida. Inicia-se então um dos sonhos mais fantásticos da literatura mundial, onde Dostoiévski propõe uma reflexão sobre o sentido da vida, a existência ou não do além vida, a força da empatia e o amor como um grande valor universal, explorando a introspecção do personagem e sua jornada rumo à compreensão de si mesmo e do universo ao seu redor.

 

FICHA TÉCNICA
Companhia Lúdica dos Atores de BH
Espetáculo:
 O Sonho de um Homem Ridículo, de Fiódor Dostoiévski
Prólogo: O Louco, de A Gaia Ciência, de Friedrich Nietzsche
Edição: Fiódor Dostoiévski. O Sonho de Um Homem Ridículo

Tradução: Vadim Nikitin, São Paulo: Editora 34.
Coordenação e produção geral: Argos Produções Culturais

Direção, cenário e figurino: Alexandre Kavanji
Ator: Leo Horta
Produção executiva: Rogério Tavares

Assistência de direção: Marina Galeri
Iluminação: Felipe Cosse
Preparação corporal: Priscila Patta
Orientação dramatúrgica: Solange Dias

Trilha sonora original: Léo Nascimento

Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques e Daniele Valério

 

SERVIÇO
Data: 4 a 21 de julho de 2024

Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h
Local: Espaço Parlapatões - Praça Franklin Roosevelt, 158 - Consolação, São Paulo, SP
Ingresso: R$40,00 (Inteira) e R$20,00 (Meia)
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos

 

Informações à imprensa

Canal Aberto Assessoria de Imprensa

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