[News]Exposição "Pasteur, O Cientista" fica em cartaz até 03/12 na Fábrica de Espetáculos
Ministério da Cultura, Magazine Luiza e Sanofi apresentam
“Pasteur, O Cientista”
Exposição grandiosa, divertida e interativa traz ao público as descobertas de Louis Pasteur, sua biografia e contexto histórico
A mostra gratuita “Pasteur, o Cientista” fica em cartaz até domingo (03/12), na Fábrica de Espetáculos, no Santo Cristo (Gamboa)
Até o próximo dia 3, domingo, o público pode conferir a exposição gratuita sobre um dos maiores cientistas da era moderna, Louis Pasteur (1822-1895). “Pasteur, O Cientista”, está em cartaz de terça a sexta-feira das 9h às 17h, e aos sábados e domingos das 10h às 18h, na Fábrica de Espetáculos (galpão do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no bairro do Santo Cristo, na Gamboa). A mostra teve três temporadas bem-sucedidas no estado de São Paulo, a partir de 2020, levando dezenas de milhares de visitantes a espaços de informação, experiências, interação lúdica, projeções, videomapping e, principalmente, valorização da ciência e dos cientistas.
Concebida e realizada originalmente pela Universcience (órgão ligado ao Ministério da Cultura da França), a mostra é uma celebração à vida e à obra do francês Louis Pasteur, cientista revolucionário em muitos campos e símbolo da vacinação, por ter conquistado a vitória contra a raiva, doença até então incurável, por meio da descoberta da vacina antirrábica. E, principalmente, um defensor da ciência.
A exposição é uma realização de Ministério da Cultura, Museu da Vida Fiocruz, Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz e Ponto de Produção, com o apoio da Embaixada da França no Brasil e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro. O patrocínio é do Magazine Luiza e da Sanofi.
Gênio e difusor da ciência
Indiscutível gênio da ciência, pesquisador obstinado e mestre na difusão de informações: Louis Pasteur, nascido no interior da França em 1822, de uma família de curtidores de couro, fez avançar a química e a medicina no século XIX. É um dos criadores da microbiologia e redefiniu horizontes ao provar que existem micro-organismos e ao definir como se reproduzem, proliferam e colonizam outros organismos, sendo em muitos casos responsáveis pelas doenças infecciosas.
Estudou germes, vírus, fungos e demais “seres infinitamente pequenos”. Lidou com vinho, leite, animais de pasto e seda. Estabeleceu novos paradigmas para as ciências e novos procedimentos, inclusive para a Medicina – foi a partir dessas descobertas, por exemplo, que médicos passaram a valorizar a assepsia nos cuidados com doentes. Antes disso, era comum que os profissionais de saúde sequer lavassem as mãos nos atendimentos.
Pesquisador tremendamente respeitado entre seus pares – era de um extremo rigor nos métodos – ganhou fama mundial também junto ao grande público na difusão dos resultados da vacina antirrábica, em 1885. No Brasil, tinha muitos seguidores e admiradores, entre os quais o imperador Pedro II. Oswaldo Cruz foi um dos cientistas que trabalharam na esteira de suas realizações.
Na exposição, vídeos, grafismos, animações, projeções, textos e desenhos apresentam toda a sua trajetória – e não apenas a dele. Pasteur, o Cientista faz uma permanente contextualização do tempo de Louis Pasteur, principalmente em relação aos acontecimentos da Europa e às descobertas do chamado século das invenções – em que surgiram o trem, a fotografia e o cinema, os motores a explosão, dirigíveis, telégrafo, telefone, iluminação pública e tantos outros símbolos da modernidade.
Mais do que tudo, Pasteur, o Cientista traz à discussão a valorização da ciência e do ato histórico como elemento constituinte não somente da memória e da identidade, mas como a mais sólida base para o crescimento e o desenvolvimento da humanidade.
Ciência aplicada à vida prática
Pasteur não foi o primeiro nem o único a criar uma vacina, mas sua pesquisa e a aplicação da antirrábica o transformou em símbolo da imunização. Era um cientista com visão aplicada: trabalhou na pesquisa ligada à indústria e a atividades econômicas importantes, aperfeiçoando métodos de cultivo e processamento de indústrias importantes como as do vinho, da seda e de animais de corte. Resolveu problemas logísticos - seu nome batiza o processo de conservação de alimentos batizado como pasteurização – e salvou atividades econômicas prejudicadas por pragas.
Foi também um brilhante comunicador – hoje, seria considerado um ser midiático. Sabia chamar a atenção da comunidade científica e da população para assegurar que suas descobertas chegassem ao maior número possível de pessoas, com demonstrações públicas e grandiloquentes de suas descobertas. “Para provar ao público reunido na Sorbonne que as bactérias estavam por toda parte, mesmo no ar, ele direcionou um projetor de luz para iluminar os grãos de poeira”, conta Astrid Aron, museógrafa da exposição.
Era também um empreendedor, registrando patentes e criando empresas para explorar suas descobertas. “Seu principal objetivo não era reunir uma fortuna, mas assegurar fundos para prosseguir com as pesquisas”, explica o curador científico Maxime Schwartz, ex-diretor geral do Instituto Pasteur. “Podemos até dizer que Pasteur era uma espécie de precursor das start-ups de hoje”, diz Aron.
A fama conquistada pela vitória contra a raiva, com a vacina pioneira em 1885 permitiu que levantasse fundos internacionais para fundar, três anos depois, o Instituto Pasteur, com braços pelo mundo, para disseminar a importância da imunização.
“O trabalho de Pasteur”, conclui Maxime Scwhartz, “pode estimular que as crianças entendam e amem a ciência. Acho que é uma meta que devemos manter em nossas cabeças e corações”.
Animação e interação
Estruturada em seis atos, como uma peça de teatro, a exposição apresenta as descobertas de Pasteur em ordem cronológica: da solução de um enigma químico – cristais de ácido do vinho aparentemente iguais reagiam à luz de forma diferente – até a descoberta da vacina contra a raiva.
Um busto de Pasteur recebe os visitantes e, sobre ele, é projetado um videomapping (imagens em 3D), enquanto a voz de Marie Pasteur narra a trajetória do marido. Uma curiosidade: o considerável talento artístico do pesquisador quando jovem é mostrado na reprodução de telas pintadas entre os 13 e os 20 anos.
Seguem-se ambientes em que filmes, aparelhos, mecanismos, jogos de charadas, vitrines mágicas e instrumentos de época desfilam as descobertas de Louis Pasteur na Química, no trabalho com os micro-organismos e na imunização de animais e seres humanos.
O visitante pode entender, por exemplo, a pesquisa da vacina antirrábica num filme de animação em que uma menina, espiando da casa vizinha à do laboratório, acompanha os testes de Pasteur em coelhos; entende, através de um “microscópio”, como micro-organismos podem sobreviver sem oxigênio; espia pelo gargalo de garrafas de vinho para descobrir os segredos da fermentação da bebida; decifra junto com Pasteur o segredo dos “pastos malditos”, locais onde rebanhos inteiros morriam de antraz, entre outras atividades.
No final, um módulo especialmente produzido faz a ligação de Pasteur com o Brasil: pesquisas desenvolvidas por aqui, a admiração de D. Pedro II pelo cientista, o desenvolvimento nacional da produção de vacinas pelos Institutos Butantã e Oswaldo Cruz e seus desdobramentos na ciência contemporânea.
FICHA TÉCNICA
PASTEUR – O CIENTISTA
Curadoria Éric Lapie, Astrid Aron | Curadoria científica Maxime Schwartz | Comitê científico e cultural Annick Perrot, Delphine Berdah, Patrice Debré, Gabriel Galvez-Behar, Marie-Noëlle Himbert, Catherine Kounelis, Anne- Marie Moulin, Armelle Phalipon, Clotilde Policar, Éric Postaire, Daniel Raichvarg, Anne Rasmussen, François Rodhain, Philippe Sansonetti, Patrick Zylberman | Cenografia e expografia Franck Fortecoëf | Design gráfico Gérard Plénacoste e Tomoë Sugiura | Responsável pelo projeto Boutaieb Kaddani | Coordenador técnico Atef Sbai
Curadoria Epílogo – Pasteur e o Brasil Juliana Manzoni Cavalcanti, Vanessa Pereira Mello | Consultoria Diego Vaz Bevilaqua, Jaime Larry Benchimol, Magali Romero Sá | Edição de textos Mariana Bastos | Expografia e design gráfico Cássia Buitoni | Ilustração cenográfica Geninho Galvão | Animações Coletivo Entrelinhas, Valete de Copas Filmes | Vídeo sobre fabricação de vacinas Instituto Butantan
Produção Ponto de Produção | Coordenação geral de produção Patricia Galvão, Robson Bento Outeiro | Produção executiva Sueli Nabeshima | Produção local Brenda Coelho, Rafael Crooz | Adaptação expográfica Francisco Guedes | Design gráfico Cássia Buitoni, Silvia Amstalden | Montagem expográfica Metro Cenografia | Iluminação Wagner Freire – Armazém da Luz | Montagem multimídia Images Projetores | Montagem elétrica Augusto Costa | Pintura artística (adaptação pórticos) Geninho Galvão, Ieda Romera | Impressão digital Water Vision | Tradução Letras e Temas | Assessoria de imprensa Andrea Gonçalves, Paula Catunda | Mídias sociais Rafael Teixeira | Edição e revisão de textos Verbo Virtual - Luciana Medeiros | Gravação de vozes Alma 11 11 Áudio Music | Direção de estúdio Marcio Macena | Vozes brasileiras Bruno Autran, Carol Badra, Flávio Faustinoni, Rafael Maia, Renata Flores, Romis, Ferreira, Thay Bergamin e Veridiana Toledo | Transporte internacional Fink Mobility | Seguro Affinité | Assessoria jurídica Henrique Galvão, Patrícia Galvão | Ação educativa Percebe | Coordenação do Educativo RJ Aldene Rocha
Agradecimentos: Clara Paulino - Fundação Theatro Municipal/RJ, Ana Paula Macedo - AATMRJ, Patrícia Telles - AATMRJ, Dr. Daniel Soranz - Secretaria Municipal de Saúde - SMS, João Maciel - Secretaria Municipal de Saúde - SMS
PASTEUR, O CIENTISTA
ÚLTIMA SEMANA – Até dia 3 de dezembro, domingo
Local: Fábrica de Espetáculos - Avenida Rodrigues Alves, 323, Santo Cristo (Gamboa) VLT – Linha 1 – parada Utopia AquaRio
de terça a sexta, das 9h às 17h | sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h Entrada gratuita Recomendação etária: Livre
Instagram da mostra: @expopasteur |
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