[News]Pélico e Ronaldo Bastos lançam "A Universa Me Sorriu
“A Universa Me Sorriu – Minhas Canções Com Ronaldo Bastos”
Pélico
Ouça aqui: https://found.ee/
Do encontro de Pélico com Ronaldo Bastos surgiu o álbum “A Universa Me Sorriu – Minhas Canções Com Ronaldo Bastos”. A ideia de comporem juntos foi a chama que acendeu o desejo de Pélico de gravar um disco e, mais do que isso, abriu um mar de possibilidades, já que, pela primeira vez ele se propôs a compor um projeto inteiro em parceria, coisa que nunca tinha feito antes, nestes mais de 20 anos de carreira.
Ele, que sempre foi um grande admirador de Ronaldo Bastos, mergulhou no mundo do compositor fluminense, que tem uma relação lúdica e imagética com as palavras, diferente da sua forma de escrever, mais direta e confessional.
O termo “a universa me sorriu” foi dito uma série de vezes, antes mesmo de virar uma canção, e traduz um pouco do que foram esses meses de feitura do álbum. Pélico sempre compondo, esperando Ronaldo mandar algo que acabara de escrever ou alguns dos seus incríveis “achados” em cadernos antigos. Animado quando chegava uma mensagem, comentando a beleza de versos como “um lance de dados sob a luz da manhã”, acordando cedo para compor e quase o tempo todo com o violão ao lado, aproveitando qualquer oportunidade de inspiração. Além disso, Pélico foi algumas vezes para o Rio de Janeiro compor junto com Ronaldo e conversar sobre todo o processo, o que acabou fortalecendo a amizade, a intimidade e o resultado do trabalho.
“A universa me sorriu” significa uma sorte, uma benção, um presente da vida, representa uma série de alegrias que o destino foi trazendo a partir do encontro com Ronaldo Bastos e por isso Pélico escolheu como título.
Ele já usava a palavra “universa” no feminino, desde que sua amiga poeta, Mariana Portela, o chamara atenção para o fato de que a energia criadora do mundo é feminina e lhe pareceu evidente que sim. Não por acaso, há algumas citações de “mãe” nas letras, como em “Sua Mãe Tinha Razão”, assinada também por Leo Pereda, em “Louva-a-Deus”, nos versos “Eu só que quero ouvir/Mais um louva-a-deus/Se Deus for mãe” e na própria faixa-título.
A sonoridade desse, que é o álbum mais brasileiro de Pélico, é conduzida pelo violão de nylon com a releitura rítmica e melódica de João Erbetta (compositor da série “Coisa Mais Linda”, entre outros) e da percuteria (conjunto de instrumentos de percussão), de Guilherme Kastrup (produtor de “A Mulher do Fim do Mundo” e “Deus é Mulher”, de Elza Soares, entre outros). “A Universa me Sorriu” conta ainda com a participação de Marcelo Politano nas flautas e sax. Marcelo é um pesquisador em flautas folclóricas e professor de música transcultural e sul-americana na Academia Sibelius, da Finlândia. Entre os arranjos e participações especiais, destacam-se também a sanfona de Tony Berchmans em “O Amor Ficou” e a guitarra de Régis Damasceno em “Sem Parar” e “Louva-a-Deus”.
A atriz e cantora Marisa Orth faz uma participação em “É Melhor Assim”, que versa em tom irônico sobre amores inventados, composta por Pélico, Ronaldo Bastos e Otto. Já “Sem Parar” traz Silvia Machete dividindo os vocais com Pélico num refrão que mistura palavras em inglês e em português.
“A Universa me Sorriu – Minhas Canções com Ronaldo Bastos” foi produzido por Jesus Sanchez e será lançado pelo do selo Sólov/YB.
Piky Candeias/ Primavera 2025
Bio Pélico
Pélico é cantor e compositor, conhecido por suas interpretações espontâneas e viscerais, e pelas canções de sua autoria, nas quais percorre do pop à MPB, flertando com o rock, quase sempre narrando encontros e desencontros da vida afetiva.
Um dos artistas de maior destaque da geração surgida no início dos anos 2000, Pélico tem quatro álbuns de estúdio; “O Último Dia de Um Homem Sem Juízo” (2009), “Que Isso Fique Entre Nós” (2011) “Euforia” (2015) e “Quem Me Viu, Quem Me Vê” (2019), todos com ótima repercussão na imprensa e também junto ao público, que costuma lotar seus shows.
Além de seus projetos autorais, ele participou de “Coitadinha Bem Feito”, álbum produzido por DJ Zé Pedro e Marcus Preto em homenagem a Ângela Ro Rô fazendo uma releitura de “Não Há Cabeça”, que fez parte da trilha sonora da novela “Velho Chico”, da Rede Globo. Também foi um dos convidados do disco e do show “Tropicália Lixo Lógico”, de Tom Zé com produção de Marcus Preto, ao lado de Emicida e Mallu Magalhães. Gravou com Bárbara Eugênia, Negro Léo, Teago Oliveira. Excelente compositor, tem suas canções gravadas por Luiza Possi, CATTO, Marco Mattoli, A Banda Mais Bonita da Cidade, Bluebell, Trupe Chá de Boldo e Toni Ferreira.
De volta ao Brasil depois de uma temporada na Europa, Pélico lançou o siingle “Nossos Erros”, um feat com a cantora Nina Nicolaiewsky e, em abril de 2025 lançou “Te Esperei”, de sua autoria, dividindo os vocais com a CATTO.
Bio Ronaldo Bastos
Ronaldo Bastos é um compositor que consegue estar, ao mesmo tempo, no centro da tradição mais sofisticada e inventiva da canção brasileira e ser também uma espécie de estrangeiro para esta mesma tradição. Ele foi um dos criadores e conceituadores mais destacados do Clube da Esquina, o movimento musical que revolucionou a poética e a estética da canção brasileira e teve como expoentes artistas do porte de Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô Borges, Tavinho Moura, Nelson Ângelo, Toninho Horta, Fernando Brant, Novelli, Joyce Moreno, Danilo Caymmi e Paulo Jobim, todos seus parceiros em uma série de canções emblemáticas.
Nos anos 80 ele se permitiu uma aproximação com as formas mais populares da época e isso também rendeu novos clássicos para a música brasileira moderna. São dessa década os sucessos Um Certo Alguém (com Lulu Santos), Todo Azul do Mar (com Flávio Venturini), Chuva de Prata (com Ed Wilson) e Sorte (com Celso Fonseca). Nos anos 90 e dos anos 2000 em diante ele compôs com parceiros novos canções que transitam por vários estilos e apontam para o futuro.
Suas canções foram gravadas por uma grande diversidade de artistas que inclui Elis Regina, Antonio Carlos Jobim, Nana Caymmi, Edu Lobo, Gal Costa, Djavan, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Sarah Vaughan, Johnny Alf, Angela Maria, Cauby Peixoto, Tito Madi, Elza Soares, Clementina de Jesus, Chico Buarque, Alaíde Costa, Marcos Valle, Flora Purim, Astrud Gilberto, João Donato, MPB4, Simone, Naná Vasconcelos, Taiguara, Egberto Gismonti, Ney Matogrosso, Fagner, Alceu Valença, Elba Ramalho, Luiz Melodia, Erasmo Carlos, Zizi Possi, Roberto Carlos, Marina Lima, Lulu Santos, Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Sandra de Sá, Tim Maia, Hyldon, Eugénia Mello e Castro, Guilherme Arantes, Ritchie, Roupa Nova, Adriana Calcanhotto, Emílio Santiago, Fafá de Belém, Vinicius Cantuária, Margareth Menezes, Ed Motta, Mart’nália, Maria Gadu, Saulo, Fernanda Takai, Zé Renato, Delia Fischer, Os Ritmistas, Simone Mazzer, Nenung e Silva, entre muitos outros. A cantora Jussara Silveira gravou um álbum inteiro com as parcerias de Ronaldo com Beto Guedes, e a banda Samuca e A Selva fez um álbum só com releituras de clássicos do compositor e parceiros, com participações de Criolo, Liniker, Siba, Filipe Catto e Luedji Luna, entre outros expoentes da nova música produzida no Brasil.
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