[News] Espetáculo infantojuvenil “A Intrépida Revoada de Maçarica & Batuíra” estreia, dia 6 de setembro, em Copacabana

 Espetáculo infantojuvenil “A Intrépida Revoada de Maçarica & Batuíra” estreia, dia 6 de setembro, em Copacabana

foto Anderson Coelho

Selecionada pelo edital Fluxos Fluminenses, a peça une teatro e divulgação científica, além de interpretação para LIBRAS em cena

O rito de passagem da infância para a idade adulta, com angústias e dúvidas que oscilam entre as obrigações e as vontades individuais, é o tema que impulsionou a criação do espetáculo infantojuvenil “A Intrépida Revoada de Maçarica & Batuíra”, que ficará em cartaz de 6 a 28 de setembro, no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana. A peça, que tem por base conteúdos da revista Ciência Hoje das Crianças (CHC), é dirigida por Fernanda Avellar, escrita por Maria Joana de Avellar e tem o propósito de unir teatro e divulgação da ciência. Selecionada pelo edital Fluxos Fluminenses, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SECEC) do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc, a montagem ficará em cartaz sempre aos sábados e domingos, às 16 horas.

Direcionada a crianças e pré-adolescentes (faixa pouco atendida pelos espetáculos teatrais), a “A Intrépida Revoada de Maçarica & Batuíra” se vale do período de reprodução do caranguejo – a andada – e a revoada das aves migratórias para colocar em cena o amadurecimento dos jovens e seus questionamentos diante da chegada da idade adulta. E tudo acontece durante o carnaval de Pernambuco.

“Maçarica e Batuíra são duas aves adolescentes e, como é característico da fase, estão vivendo um momento de mudanças rápidas e profundas, de descobertas. Querem viver intensamente, eternizar momentos e pensam que as escolhas são para sempre. Quando as duas chegam no carnaval de Pernambuco, num manguezal, e fazem novos amigos, têm uma experiência transformadora, que traz questionamentos e amadurecimento”, conta a diretora Fernanda Avellar.

A proposta do projeto é, a partir de artigos da revista CHC, elaborar textos teatrais inéditos para a criação de espetáculos teatrais, nos quais temas sobre cultura brasileira, ciência e meio ambiente, sejam apresentados de forma lúdica a crianças e adolescentes. A criação do texto é acompanhada e validada pelos editores científicos e especialistas convidados pela revista e todo processo cênico é construído de forma colaborativa entre os artistas e as equipes de cientistas e jornalistas. “A Intrépida Revoada de Maçarica & Batuíra” é o segundo espetáculo do projeto, iniciado em 2023, e que já soma quatro espetáculos em seu repertório.

“O teatro é uma forma especial de acessar públicos para a ciência, tanto no que tange à diversidade de pessoas quanto a conexões emocionais que ele proporciona. Fazer teatro e divulgação científica é fazer teatro buscando qualidade. É unir informação com a ludicidade da arte, divertir e propor aos jovens novos olhares para as relações entre homem e natureza”, observa a diretora Fernanda Avellar.

A peça fala também de sonhos: “Um sonho dentro de um sonho”, como na música da banda Nação Zumbi, parte da trilha sonora. A inspiração para o personagem do caranguejo-uçá é o fundamental e saudoso músico Chico Science. O movimento manguebeat e o maracatu fazem parte da construção cênica, executada ao vivo pelo elenco. A dramaturgia buscou focar no companheirismo entre as espécies, com a nuance do aparecimento do primeiro amor.

No elenco, a atriz intérprete de LIBRAS Diana Dantas vive Fulozinha, ser mítico protetor das matas, e faz a tradução da peça para a Língua Brasileira de Sinais, garantindo que a acessibilidade para surdos ou pessoas com deficiência auditiva aconteça de forma inovadora. Esta é uma característica das montagens teatrais da companhia, que em seu primeiro espetáculo foi indicada ao prêmio do CBTIJ (Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude) pela absorção da LIBRAS na dramaturgia e na cena. O desejo é divulgar a acessibilidade como parte natural de um projeto e como recurso artístico.

A peça já passou por cinco cidades: teve sua pré-estreia em 2024 no evento Museu Nacional Vive, no Rio de Janeiro, seguida por 19 apresentações na 27ª Bienal do Livro de SP, no estande da Secretaria Municipal de Educação (SME). No mesmo ano, foi a atração final da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) e participou da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no estande do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília. Em julho de 2025 participou da 77º reunião da SBPC, em Recife. Nestas 27 apresentações, estimamos ter recebido mais de 2.800 pessoas, sempre com excelente retorno do público.

“A intrépida revoada de Maçarica & Batuíra” fará também duas apresentações em escolas públicas: no dia 23 de setembro, às 9h, no CIEP Constantino Reis, em Belford Roxo, quando terá também audiodescrição para garantir o acesso aos alunos cegos, e, no dia 24 de setembro, na Escola Municipal Abílio Ribeiro, às 15h, em Nova Iguaçu.

A peça é apresentada pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Política Nacional Aldir Blanc.

 

Sinopse:

 

As amigas Maçarica e Batuíra, duas aves migratórias, reencontram-se no Carnaval, em Pernambuco, para a invernada, período em que se fortalecem antes do voo de volta para casa, no hemisfério norte. No verão em que se conheceram, eram duas avezinhas mal saídas do ovo, brincando na Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul. A poluição e os obstáculos colocados pela intervenção humana em rotas migratórias estratégicas, entretanto, fizeram com que a dupla passasse anos sem se ver. Agora, já adolescentes, conhecem um novo local, um manguezal, onde viverão uma inesquecível aventura com seus novos amigos, o Caranguejo-Uçá e a Fulozinha, ser mítico protetor das matas, muito conhecido na cultura popular pernambucana. A especulação imobiliária na região e o encanto desse encontro – tanto o do mar com o rio, característico do manguezal, quanto o da amizade entre um caranguejo, uma ser mítico e duas aves – fazem com que a despedida se torne ainda mais difícil.

 

Ficha Técnica: 

 

 

Direção: Fernanda Avellar

Dramaturgia: Maria Joana de Avellar

Artistas criadores: Carol Passarinha, Diana Dantas (atriz intérprete de LIBRAS) Francisco Cortez e Thaís Nascimento

Direção de produção: Fernanda Avellar e Marina Gadelha

Direção de arte e cenografia: Marieta Spada

Desenho de luz: Aurélio de Simoni

Figurinos: Dani Lima

Direção musical e preparação vocal: Ricardo Góes

Músicas originais: Maria Joana de Avellar, Ricardo Góes e Juan Marques

Direção de movimento: Juliana Medella

Assistente de direção musical: Juan Marques

Assessoria para LIBRAS: Isabelle Maia

Técnica de som e microfones: Joana Guimarães

Preparação alfaia: Milena Sá

Confecção de cenografia: André Salles

Adereços: Priscila Pires

Ilustração Sankofa: Ana Matsuzaki

Arte gráfica: Instituto Ciência Hoje

Costureiras: Gi Brandão e Nice Tramontin

Revisão científica: João Marcos Capurucho

Assessoria de imprensa: Rachel Almeida - Racca Comunicação

Realização: Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Instituto Ciência Hoje e Trestada Produções

 

Texto original a partir do conteúdo da Revista Ciência Hoje das Crianças

 

Serviço:

Teatro Glaucio GillPraça Cardeal Arcoverde, s/nº - Copacabana, Rio de Janeiro - RJ, 22040-030.

Temporada: 06 a 28 de setembro

Dias e horários: sempre aos sábados e domingos, às 16h

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).

Duração: 50 minutos

Classificação: livre

Horário de funcionamento da bilheteria: de segunda a domingo, das 16h às 22h.

Ticketeria: Eleventickets
Lotação: 150 lugares

Como chegar: metrô Cardeal Arcoverde

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