[News] Barulhos, do 28 Patas Furiosas, convida as infâncias a sonhar a cidade
Barulhos, do 28 Patas Furiosas, convida as infâncias a sonhar a cidade
Curta temporada, de 10/1 a 1/2, sempre aos sábados e domingos, às 11h, no Sesc Avenida Paulista
Cena de Barulhos - Foto: Helena Wolfenson
Voltada ao público infantil, a peça transforma sonhos, ruídos urbanos e imaginação em uma experiência cênica sensível sobre memória, luto e reinvenção.
O coletivo 28 Patas Furiosas estreia Barulhos, seu primeiro espetáculo criado especialmente para as infâncias, com direção de Valéria Rocha. As apresentações acontecem de 10 de janeiro a 1º de fevereiro, aos sábados e domingos, às 11h, no Sesc Avenida Paulista (Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo).
Com doze anos de trajetória, o grupo se consolidou na cena teatral paulistana pela pesquisa que articula teatro, artes visuais e performance, investigando espaços inventivos e dramaturgias autorais.
Em sua nova criação, o coletivo apresenta às crianças uma experiência cênica que atravessa o território dos sonhos por meio da investigação de diferentes materialidades. Em um mundo cada vez mais mediado por telas e marcado por um pensamento excessivamente concreto, Barulhos propõe um encontro entre imaginação, artesania teatral e sensibilidade, reforçando a parceria contínua com o dramaturgo Tadeu Renato.
Desde 2020, o 28 Patas Furiosas desenvolve uma pesquisa artística sobre o que sonha a cidade de São Paulo, inspirando-se nos saberes de povos originários — especialmente Xavante, Yanomami e Guarani — para compreender o sonho como forma de existência, cura e reconstrução de mundo. A investigação também dialoga com os estudos do neurocientista Sidarta Ribeiro, que compreende os sonhos como ferramentas cognitivas e afetivas fundamentais para organizar experiências, lidar com perdas e criar possibilidades diante da vida.
A dramaturgia de Barulhos nasce do diálogo com crianças de quatro a doze anos de diferentes territórios da capital, cujos relatos oníricos revelaram sirenes, ruídos urbanos, personagens da cultura pop, medos, fugas, reinvenções e encontros mágicos. Em meio ao caos da metrópole, esses sonhos infantis formaram uma “cartografia poética”, capaz de desafiar o concreto da cidade e propor outros modos de sentir e narrar o mundo.
A história
A peça acompanha Rosa, uma menina que, enquanto vivencia com a mãe o luto pela morte da avó, passa a encontrar em seus sonhos uma garota misteriosa que procura sua casa perdida. Nesse universo onírico, em que um barulho estranho desloca o chão e arrasta todas as casas, Rosa e a menina percorrem uma jornada repleta de figuras fantásticas — como uma onça falante, uma cabeça sem corpo e uma guia cientista — em busca daquilo que não para de se mover. Ao final, Rosa descobre que a garota misteriosa é sua avó quando criança; e ao compartilhar esse sonho com a mãe, abre um espaço de escuta afetiva, revelando o sonho como ferramenta de elaboração e transformação.
“O sonho e a memória, que por vezes insistem em trazer à tona angústias que preferiríamos esquecer, também se tornam espaços de entendimento e elaboração”, conta a diretora Valéria Rocha, que acrescenta: “é nesse sentido que, por meio da relação com os sonhos, Barulhos propõe outra forma de olhar para essas temáticas: como caminhos que acolhem, permitindo que crianças e adultos encontrem sentidos e elaborações possíveis para aquilo que é, ao mesmo tempo, inevitável e humano: a morte”.
Sinopse
Barulhos acompanha Rosa, uma menina que, enquanto enfrenta junto à sua mãe o luto pela morte da avó, passa a encontrar nos sonhos uma garota misteriosa que está em busca de sua casa perdida. Nesse mundo onírico, onde um barulho estranho faz o chão se mover e arrastar todas as casas, as duas meninas atravessam uma jornada repleta de encontros com figuras fantásticas — uma onça falante, uma cabeça sem corpo, uma guia cientista — na tentativa de recuperar aquilo que se desloca sem parar.
Oficina
Além da peça, o coletivo ainda propõe a oficina: Arte, brincadeira e imaginação, com Isabel Wolfenson, Sofia Botelho e Valéria Rocha (artistas do 28 Patas Furiosas). São encontros livres, com duração de aproximadamente 2 horas cada. A pessoa participante pode acompanhar todos os encontros ou apenas um.
Inspirada nas pesquisas estéticas do grupo, esta oficina promove o encontro entre arte, brincadeira e imaginação. De maneira lúdica e integrada, serão experimentadas diferentes linguagens artísticas por meio de jogos, brincadeiras e invenções coletivas. A cada encontro, as crianças serão convidadas a explorar materiais diversos, como: papéis, madeiras, tecidos, vasos, palavras, sons e imagens.
Sobre o 28 Patas Furiosas
Criado em 2013, em São Paulo, o 28 Patas Furiosas dedica-se à experimentação teatral e à criação de obras com dramaturgias autorais. O grupo mantém uma sede no bairro do Bom Retiro - o Espaço 28 - onde realiza apresentações, festivais, oficinas e outras atividades culturais.
Entre seus trabalhos estão Um Jaguar por Noite (Prêmio Shell Melhor Iluminação - 2025), a performance-instalação Parabólica dos Sonhos (2022) e a Trilogia da Instabilidade, formada pelos espetáculos PAREDE (2019), A Macieira (2016) e lenz, um outro (2014).
Ficha Técnica
Idealização e concepção: 28 Patas Furiosas
Direção: Valéria Rocha
Texto: Tadeu Renato
Elenco: Gabriel Bodstein, Isabel Wolfenson, Jennifer Souza, Joy Catharina e Sofia Botelho
Luz: Dimitri Luppi e Wagner Antônio
Cenário: Wagner Antônio
Direção musical: Júlia Ávila
Figurino: Valentina Soares
Operação de som: Gylez Batista e Júlia Ávila
Assistência de iluminação e Operação de luz: Leo Souza
Colaboração no processo criativo: Felipe Gomes e Pedro Stempniewski
Fotos: Helena Wolfenson
Mídias Sociais: Jorge Ferreira e Hayla Cavalcanti
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto: Márcia Marques e Daniele Valério
Orientação da Oficina: Arte, brincadeira e imaginação: Isabel Wolfenson, Sofia Botelho e Valéria Rocha
Produção: Corpo Rastreado - Lud Picosque e Gabs Ambròzia
Serviço
teatro | Barulhos
com 28 Patas Furiosas
Data: de 10 de janeiro a 1º de fevereiro de 2026. Sábados e domingos, às 11h.
Onde: Arte II (13º andar)
Duração: 60 minutos Classificação indicativa: Livre
Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (Meia) e R$ 12 (Credencial plena:). Venda de ingressos online a partir de 16/12, às 17h, e nas bilheterias das unidades a partir de 17/12, às 17h. Gratuidade para crianças até 12 anos.
oficina | Arte, brincadeira e imaginação
com 28 Patas Furiosas
Data: de 10 de janeiro a 1º de fevereiro de 2026. Sábados e domingos, às 15h.
Onde: Lab 2 (4º andar)
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 6 a 12 anos. Crianças menores também são bem-vindas, desde que acompanhadas por um(a) adulto(a) responsável.
Grátis | Ingressos com 30min de antecedência
SESC AVENIDA PAULISTA
Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo, SP
Fone: (11) 3170-0800
Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m
Horário de funcionamento da unidade:
Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 19h30. Domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Informações à imprensa
Canal Aberto Assessoria de Imprensa
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